*Inspirado no poema de Charles Chaplin
A liberdade verdadeira é um ato genuinamente interior, como a verdadeira solidão. Eu tenho aprendido a sentir-me livre ate mesmo quando estou preso a algo. Temos que aprender a sentir-nos livres até numa prisão, e a estar sozinhos até no meio da multidão.
A liberdade para mim é o fruto de uma conquista que fiz ao cultivar minha inteligência, elevando minha moral e estendendo-me a culturas por todos os lugares do mundo que passei. Por muito tempo me deixei enganar por uma cultura que limita, julga e condena e em consequência disso, limitei me aquilo que me diziam. Julguei, odiei e condenei a mim mesmo por ser quem sou. Hoje o conceito de liberdade que vivo está completamente vinculado à capacidade de amar profundamente a mim mesmo e deixar que Deus me ame com seu amor libertador.
No dia que me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato. E então, pude relaxar e deixar cair todas as máscaras. Hoje sei que isso tem nome chama-se autoestima. Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades. E hoje vivo livremente minha autenticidade. Deixei de viver a sombra de juízes que me ditavam o que fazer, como falar, pensar ou me comportar. Quando me amei com verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento. Deixei de me comparar. Deixei de dar poder a autodestruição e percebi que amadureci.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou maneira de pensar a alguém, apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo. Tenho que respeitar as opiniões diversas, ouvir mais e aceitar os outros a minha volta, mesmo que eles não pensem como eu penso. Aprendi a viver o respeito. É fácil falar de respeito, difícil é vivê-lo quando nos deparamos com alguém que não vive, ou pensa como nós. Quando me dei conta que estava me amando de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável… Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. Outros me rotularam como egoísta, minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Mais hoje chamo de amor-próprio.
Amando-me de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos gigantescos e complexos para o futuro. Hoje faço o que o meu coração acha certo, aquilo que gosto e no meu próprio ritmo. Traduzo isso como simplicidade. Vivendo Passo-a-passo eu desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes. Vivo a humildade de forma mais completa! Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Vivo o momento presente, que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez em plenitude. Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Quando entendi tudo isso. Percebi que Deus me amava realmente. Que me chama a ser feliz e livre. Foi entendendo que seu amor por mim vai além das minha limitações humanas, medos e tudo que me afasta para que eu seja livre. Eu sou mais feliz quando abraço aquele que realmente sou e deixo de lado o meu eu idealizado, mais sem deixar de lado o desejo de ser melhor a cada dia. Mais pra que tudo isso aconteça, Deus precisou se inclinar a mim e me pedir ama-te a ti mesmo e prometa-me que serás livre!